17 de fev. de 2007

Bom carnaval

Agora vou para o sítio com a família, não sei se voltamos antes da quarta de cinzas.

Juro que já estou com saudade do ex príncipe das Cerejeiras; não vai ser fácil encontrar alvo tão fácil quanto ele, talvez o Beiçola, mas só quando sair candidato, se sair.

Passado o carnaval voltarei à carga.

A modéstia nos impede...

"Eu não fiz nada, só ajudei a empurrar." Assim comemora o Chinelo, o grande vitorioso da semana, talvez do ano, o homem que, somente com a caneta na mão, enfrentou o, até então, temido bruxo das Cerejeiras e ajudou o prefeito a dar um novo rumo a seu governo.

Isso sim é mudar paradigmas, ao invés de contar prosa, o vitorioso, modestamente, divide os louros da vitória com todos. Foi o Chinelo quem coordenou o ataque, deu o tom e soube potencializar o poder ofensivo das forças que queriam devolver o príncipe para as trevas. Foi o Chinelo quem deu o comando para o ataque final, quando não demos tempo para o "poderoso" nem respirar.

Foi genial! Conhecedor das (muitas!) fraquezas do adversário, entre elas o extremo narcisismo, que na verdade encobre uma personalidade frustrada, Chinelo apontou o caminho e a intensidade dos ataques.

Tenho informações de que as táticas usadas levaram o adversário quase à loucura. Contam que ele, no início, ia duas ou três vezes por dia até a sala da imprensa para "ler os blogs", principalmente o do Chinelo e o nosso.

Começou lendo e fingindo nem se abalar, depois de um tempo consultou o jurídico, pois passou a se sentir incomodado, ao final, quase não saia da sala da imprensa, de cinco em cinco minutos perguntava: "Tem coisa nova?"

O mais divertido é saber que, quando seu nome não era citado, o pobre do bruxo de araque ficava frustrado, fazia cara de muxôxo e corria de volta, cabisbaixo, para o gabinete que ontem usou pela última vez.

Tenho informações que o doutor Maurício chegou a comentar que não agüentava mais, que era um tal de "vou processar", "isso não pode ficar assim". O sujeito perdeu até o sono. Aí foi fácil, o prefeito eleito dormindo demais, o prefeito de fato dormindo de menos, a guerrilha fez esse estrago que todos assistimos.

O fogo cruzado confundiu o pobrezinho, era um tal de "o prefeito já leu?!,"imprime prá mim", "faz outra cópia", "leva por jurídico", no final o homem ficou obcecado, comia e dormia blogs.

A modéstia nos impede de afirmar que fomos nós, mas sabemos que num dos últimos momentos de seus estertores disse abertamente, entre um soluço e outro, mostrando um calhamaço de páginas impressas: "Esses dois me mataram!"

Vamos mandar tudo encadernado para ele, alguém sabe para que endereço?

Sem palavras...

Já está explicado!

O homem que governava caiu por confundir "mudar paradigmas" com "impor regras". "Ué?! E não é a mesma coisa?" Para ele era, e vimos no que deu!

Realmente essa turma criou novos paradigmas, só que sem abandonar os arcaicos. Esse modelito nariz empinado, arzinho de "sabe tudo", discurso tecnocrático, jeitinho blazê, pose de superioridade, já está mais que superado e nunca levou ninguém a lugar nenhum. Só ao cadafalso.

Mas até na hora de cair essa gente é presunçosa, tascam logo um discurso do tipo "Saio da vida para entrar para a história." O ex bruxo disse: "mudei paradigmas", "saio sem mágoas", "encerrei um ciclo", "saio com a sensação do dever cumprido" e, pasmem(!), "o prefeito saberá dar continuidade à minha obra".

Essa turma é assim, entra paradigma, sai paradigma, e sempre se esquecem de pedir desculpas prá platéia no final.

Ah, ia esquecendo! O novo paradigma que inventaram foi essa mania de chorar. Eu nunca tinha visto uma coisa dessa! Virou e mexeu os caras se derretem. Precisamos descobrir de onde é que tiraram essa! Para mim isso é coisa do Boca Mole, o cunhado de confiança; dizem que ele tem essa mania desde pequeno; fazia discurso, se emocionava e chorava até em batizado de boneca.

16 de fev. de 2007

Desceu redondo!

Nojo!

Bauru, enlutada, agradece!

Pânico

Acabo de receber um telefonema de um amigo que garante que o secretário da cultura foi acometido de violenta diarréia, crise de vômitos e choro, a chamada síndrome do pânico.

Meu amigo garante que é tudo culpa do Chinelo, esse desalmado!

Acho que aí já é demais, temos que saber respeitar as fragilidades das pessoas! Sabemos que o rapaz é sensível, não podemos machucar!

Chinelo 1 x Curriola 0

Chinelo abriu o placar!

Já vinha dominando o jogo há muito tempo, mas o time da Curriola se fechou na retranca e não vinha para o jogo.

Logo no começo do segundo tempo, depois de um drible rápido, Chinelo bateu forte do meio de campo, o goleiro frangueiro aceitou.

Agora deve ser de goleada.

Fora o olé!

Veja a foto do gol.


Quatro queijos

Mas ainda pode acabar tudo em pizza, o prefeito chorão quase que voltou atrás e já ia até pedindo para que tudo o que tinham decidido fosse esquecido, chegou mesmo a dizer: "Vamos tocar a vida como se nada tivesse acontecido."

Só que alguém lembrou de perguntar: " E o que vamos dizer para o Professor Isaias?" E as lágrimas voltaram a rolar.

Se conseguissem controlar a situação com o Professor, e é isso que eu quero ver se conseguem, iam rezar um Pai Nosso rápido, agradecer a Deus e terminar logo o expediente, antes que outro escândalo pudesse estourar.

Confirmadíssimo!

Outra fonte me informa que houve choro mesmo, copioso, e não foi só o demissionário(?) que chorou, o prefeito também abriu a boca novamente.

Mas não ficou por aí: o cunhado de confiança, que também esteve por lá, não resistiu, tremelicou a beiçola e engrossou o coro dos chorões.

E foi um corre corre danado para providenciar água com açúcar e lenços de papel.

Parece que uma funcionária da copa teria comentado com outra: "Esse pessoal chora mais que a mãe do soldado desconhecido!"

Novas mi$$ões

Corre à boca pequena que, com as garantias de que continuará a ter poder de decisão junto ao gabinete, o homem de nome plural não teria mais nenhum cargo nessa administração e passaria a cuidar, junto dos outros já anunciados, da arrecadação dos dois milhões de reais do projeto do carnaval 2008, aquele da lei Rouanet.

Essa manobra, de dar a ele o comando da arrecadação, garantiria uma sobrevida ao secretário da cultura, que passaria a contar com o apoio incondicional do demissionário e a fazer parte de sua cota no governo.

Sabe-se que há uma boa remuneração para quem arrecada nesse tipo de projeto, podendo chegar, tranqüilamente, a 30 ou 40 porcento. Supõe-se, pois, que daria para todos os envolvidos viverem muito bem e até juntar polpudas poupanças.

O projeto do carnaval se tornaria assim a tábua de salvação do demissionário, que, além disso, cuidaria de alguns "negócios" do grupo, das relações com os grandes fornecedores, de onde, imaginam, virão as força$ para eleger o "Bonitão da Bala Chita" sucessor do prefeito chorão; das "sobra$" poderia sair o custeio da campanha do próprio demissionário.

O grupo do prefeito imagina que, mesmo saindo sob sérias suspeitas, o (ex?) chefe de gabinete obteria uma trégua da imprensa e dos vereadores, o que lhe daria a oportunidade de uma atuação mais discreta, exigida por esse tipo de mi$$ão.

Dinheiro é uma coisa realmente poderosa: agora estanca crise de choro e corta soluços mais rápido que susto.

Isso é o que circula por aí, mas pode ser que não ocorra nada disso, pois esse governo é pródigo em dizer uma coisa e fazer outra.

Será que é moda?

Não sei se é verdade, mas parece que a moda pegou!

Acabo de receber um email dizendo que quem chorou agora há pouco foi o (ex?) chefe de gabinete do prefeito chorão.

O email afirma que ele teve uma crise de choro e implorou para ficar, só não esclarece qual foi a decisão do prefeito.

As declarações do prefeito de que quem decide seu futuro é o próprio (ex?) chefe de gabinete, têm tanto valor quanto uma nota de três reais. O que acontece é que prefeito não conseguiu ainda achar um lugar onde enfiar o mala sem alça, e mandá-lo para casa pode ser perigoso, pois o sujeito sabe demais. O choro e o pedido para ficar soaram como ameaça velada.

Voltando à crise de choro, o email diz que o (ex?) homem forte teve até que tomar água com açúcar e que, em meio a soluços, teria pedido para ir para a Cohab ou para a Emdurb, o prefeito teria prometido estudar.

O email diz ainda que o novo bebê chorão teria dito, por diversas vezes, que sentia que já estava morto, mas que não podia sair agora, pois seria uma vitória do Pedroso (Chinelo) e que sua carreira política estaria terminada caso isso acontecesse.

Tomara!

Fiquei sem entender!

Ou o prefeito chorão já não está mais falando coisa com coisa, ou pensa que somos todos imbecis.

Ele disse que a corrida sucessória já começou e é normal. Prá começo de conversa, nunca vi ninguém dar entrevista para falar do que é normal.

Chega a ter a presunção de que o fato de dizer que não é candidato estimula o surgimento de vários, como se todos tivessem medo de enfrentá-lo nas urnas.

Ele deixa claro que acha que a corrida eleitoral começou cedo demais, só não conta que foi do lado dele. Que outro grupo já tem candidato? Só o candidato chapa branca, o bonitão da bala Chita, está em campanha; só ele que pode?

E o prefeito fica com esse papinho para tentar enganar os outros enquanto o rastaqüera do candidato dele corre!

Para quem não conhece.

Eu não acredito em pesquisas!

Todas as pesquisas indicavam que quem ia cair primeiro era o Bambão.

O prefeito vem e derruba o homem de nome plural.

E depois tem gente que diz que pesquisa influencia o voto!

Não concordo!

Para falar bem a verdade, isso não é coisa que se faça!

O prefeito chorão não deve estar no melhor de seu juízo: podia fazer uma de duas coisas, ou salvava o homem, ou dava logo o tiro de misericórdia. Só não podia fazer o que fez: enterrou o homem vivo!

E de mais a mais, o prefeito é quem tem avaliar se a presença do moribundo atrapalha a administração e que tomar as decisões, pelo menos isso! Depois pode voltar correndo para a cama.

É isso que dá, acordou cedo, está destreinado, quase não recebe a imprensa, não gosta de dar entrevistas, diz que não lê blogs anônimos, quando desanda a falar enfia os pés pelas mãos.

Quando veio com aquela de achar que o legislativo não devia paralizar a agenda por causa das eleições, só faltou completar: já não basta o executivo paralizado?

Quando diz que não lê blogs anônimos, só não conta como sabe que são anônimos.

Quando parece que vai salvar o amigo, ou acabar com a sua dor, o prefeito esquiva-se da decisão e joga a bola quadrada para o moribundo, é como se tivesse dito: já que ele mandou tanto, agora que se demita. O homem está morrendo afogado e o prefeito dá a ele uma barra de chumbo, pode?

Será que o prefeito age assim de caso pensado, ou não está batendo bem dos pinos? Será que é o estresse?

A assessoria de imprensa devia proibir o prefeito de falar logo que acorda!

Já deu no jornal!

Achei uma saida:

Se o prefeito não tiver coragem de demitir seu ex homem forte, pode colocá-lo para rasgar papel.

O trabalho enobrece o homem.

Parabéns!

Temos que dar parabéns ao Chinelo e reconhecer que o homem é poderoso!

Com suas chineladas derrotou o homem forte do prefeito, isso não é pouca coisa não! De quebra, derrotou também o próprio prefeito chorão. Abateu dois com uma chinelada só!

Para falar a verdade, não foi bem uma chinelada: foi uma verdadeira sapatada, sem dó nem piedade, deve ter deixado vergão na bunda.

Agora que o homem já está morto podemos comentar: esse apanhou até no céu da boca! Onde quer que ele esteja, vai lembrar para sempre dessa sova.

Se o prefeito não der conta de jogar pá de cal, pode chamar o taxidermista e mandar colocar o coitado no formol. Não serve mais para nada

As Cerejeiras agora vão viver um verdadeiro pesadelo: quem será o próximo?

Maria, Carnaval e Cinzas

Nasceu Maria quando a folia
Perdia a noite, ganhava o dia
Foi fantasia seu enxoval
Nasceu Maria no Carnaval
E não lhe chamaram assim
Como tantas Marias de santas
Marias de flor, seria Maria
Maria somente, Maria semente
De samba e de amor
Não era noite não era dia
Só madrugada, só fantasia
Só morro e samba
Viva Maria
Quem sabe a sorte
Lhe sorriria e um dia viria
De porta-estandarte
Sambando com arte
Puxando cordões e em plena
Folia de certo estaria
Nos olhos e sonhos de mil
Foliões
Morreu Maria quando a folia
Na quarta feira também morria
E foi de cinzas seu enxoval
Viveu apenas um Carnaval
Que fosse chamada
Então como tantas
Marias de santas
Marias de flor, em vez de Maria
Maria somente, Maria semente
De samba e de dor
Não era noite, não era dia
Somente restos de fantasia
Somente cinzas, pobre Maria
Jamais a vida lhe sorriria
E nunca viria de
Porta-estandarte
Sambando com arte
Puxando cordões
E não estaria em plena folia
Nos olhos e sonhos
De mil foliões

Composição: Luiz Carlos Paraná

Só falta avisar!

Para ele o jogo acabou. Está morto, só falta alguém avisar.

Arrisco um palpite: sua ausência vai preencher uma lacuna. Isso se ele sair mesmo, o que nem é mais tão importante. Se ele não sair, obviamente nada vai mudar. Se ele sair também não. Esse é o meu palpite.

Demorou demais para ter uma saída honrosa, para ele e para o prefeito. Agora é tarde, saindo ou não vai dar na mesma. Já nem cheira, nem fede. Pode até apodrecer no cargo, já está morto.

E pensar que um dia foi poderoso! Hoje não passa de um estorvo, ninguém sabe o que fazer com ele.

Muita gente previu, muita gente avisou, mas a auto-suficiência, a arrogância, a petulância, a presunção, a teimosia e o narcisismo falaram mais alto. E foram seus carrascos. Morreu exatamente por se achar imortal.

E, que ironia, supostamente tão importante e competente, e, se sair, não vai fazer falta nenhuma. Depois de alguns dias nem vão lembrar que passou por ali. Não deixará saudade.

Se permanecer no cargo então é que vai ser interessante: via ser a demonstração de que nem ele, nem o cargo que ocupa, têm a menor importância.

No íntimo, bem no íntimo, eu preferia que ele ficasse. Morto, acabado e embalsamado. Vitrine desse governo que já não tem mais conserto.

E tem mais um grande motivo pelo qual ele deveria ficar onde está: o prefeito não tem o direito de se ver livre dele.

Quem pariu Mateus, que o embale.

Sem palavras

15 de fev. de 2007

Há cem anos

Andei vasculhando uns jornais que herdei de meu avô Bruno I e achei coisas interessantes que provam que a história só se repete como farsa.

Qualquer semelhança entre as pessoas de outrora, que até já morreram, com a as de agora, vivas e acordadas, terá sido mera coincidência.




Na época já existia um membro da família dos Chinelos, se não me engano o sr. Chinelo Sênior, que, ainda novo, atendia por Chinelinho, e atuava na política local, conforme manchete abaixo.



Não é de hoje que a população gosta de se esbaldar durante o carnaval, desde aquela época já tínhamos entre nós os abnegados agentes culturais que sempre lutaram para preservar a tradição da maior festa popular de nossa terra, achei referência a isso também.

Note-se que o jornal já grafava bambi com i e não bamby com y, era a imprensa de Bauruzinho sempre à frente de seu tempo.

Àquela época o Bloco dos Bambys era ainda pequeno, mas já dava o que falar, sempre atuantes e dispostos a uma arrecadaçãozinho, fosse para o carnaval, fosse para as quermesses beneficentes.

Vou pesquisar mais na coleção que meu avô Bruno I deixou para nós da família e publicarei tudo o que achar de mais interessante.

14 de fev. de 2007

Reedição especial

Em virtude da semana de carnaval, cheia de festas e de alegria, resolvemos reeditar o post do dia 28/12/2006, homenageando os responsáveis pela alegria estampada nos sorrisos de todos os bauruenses. Que Deus lhes dê em dobro o que têm feito por Bauru!

Rafa - Paródia sobre Bauru

Programa Nota 10

TÍTULO:
Rafa faz sucesso com suas paródias sobre o Brasil e Bauru. Gravação para o programa Nota 10 na praça Rui Barbosa em Bauru. (Tuba)










Prestando contas...

Meus relatórios acusam que, no período que vai das 0 até as 9 horas, o blog tem tido algo em torno de 40 visitas, das 10 às 18 horas, concentra-se o maior volume de acessos, por volta de 90, e das 19 às 24, um número médio de 40 novamente. A média de acessos diários é de 170. Há dias que ultrapassamos 250, geralmente às segundas feiras, há dias que os acessos caem a 80 ou 60, nos domingos.

Já visitaram o blog 2505 pessoas, das quais 70% acessaram mais de uma vez; mais de 900 pessoas visitam o blog freqüentemente, 2 ou mais vezes por semana; 475 pessoas acessam quase que diariamente, 176 delas mais que uma vez por dia.

As cidades de onde vêm mais acessos são São Paulo e Bauru, nessa ordem, mas isso pode ser explicado quando se observa os provedores dos acessos: grande parte dos acessos vindos de São Paulo são dos provedores da Unesp e da Usp, são, portanto, na verdade, acessos originados em Bauru mas identificados por IPs pertencentes a essas instituições e gerando acessos supostos como de São Paulo.

Os acessos se concentram, portanto, em sua grande maioria, em Bauru, dispersando-se pela região e por outras cidades do estado. Temos acessos provenientes do exterior, de diversos países e de outros estados, mas são numericamente inexpressivos, salvo de Brasília, de onde temos um número interessante de acessos, vindo de provedores mais interessantes ainda.

O nome desse "post" é uma homenagem a esses políticos que vivem publicando jornaizinhos de "prestação de contas", pagos não se sabe com que dinheiro, muitos dos quais, políticos, têm suas contas de verdade rejeitadas pelos tribunais. É uma sugestão para que façam todos seus próprios blogs e que gastem alguns minutos, antes de seus merecidos descansos, a escrever sobre os assuntos que a população quer saber.

E não é só aqui...

Fora da província tem coisa acontecendo.

Na semana passada o prefeito Kassab expulsou, aos berros e empurrões, um aposentado que ousou manifestar seu descontentamento com uma decisão tomada pelo prefeito. Kassab, possesso, gritava que ali, num equipamento da saúde municipal, não era local para manifestações, e que o "vagabundo" respeitasse o os doentes.

Que história é essa? Não pode fazer manifestação? E o que o Kassab estava fazendo por lá, medindo a pressão? Ele estava fazendo manifestação, a favor dele mesmo, em hora de expediente. Isso pode? Só não pode um dos presentes discordar?

Depois inventaram que o pobre agredido foi para lá só para fazer a manifestação. Além de ser mentira, fica a questão que ninguém respondeu: o Kassab estava lá de passagem? Ou foi somente para fazer uma manifestação?

Me perdoem os paulistanos, mas estão bem mal de prefeito, esse saiu pior que o nosso! Só sei que os dois são amigos do Serra, será que são amigos entre si?

Sei que nosso prefeito não gosta que falem mal dele, bem pode. Lembra o Kassab.

A Isto É traz uma entrevista com Cláudio Lembo, homem surpreendente, que diz que esse tipo de política do PFL já está na hora de acabar, o mesmo deve valer para os políticos sem partido.

Já é hora de entender que a manifestação, poder se manifestar livremente, é um dos direitos básicos do cidadão e da cidadania.

Tentar coibir isso é deixar claro um perfil autoritário do tipo daquele que, em campanha, quer se expor para conseguir os votos para governar e no governo quer se esconder para não arranhar a imagem que tornou pública para conseguir os votos, sem que ninguém fosse implorar para que assim o fizesse.

Em minha casa político desse tipo não entra mais, a não ser se, na minha ausência, pular o muro e arrombar a porta. Há os que são capazes disso.

Relatório reservado

Recebi um relatório reservado que diz que, além do Chinelo e de mim, Bruno, outras pessoas e coisas têm freqüentado, amiúde, os pesadelos do prefeito em suas prolongadas horas de sono.


Segue lista:

Renato Purini, Atalho, Miltinho Dota, um jornalista do JC, Nasralla, Bauruzão, João Francisco, Tidei, Ladeira, Caio Coube, Carlão Octaviani, Flávio Uchoa, Nilson Costa, Coronel Marsola, Rubens de Souza, Duda Trevisani, Dudu Rainieri, Pedro Romualdo, Faria Neto, Força Sindical, Pedro Valentim, TV Tem, Rádio Unesp, Emdurb, um Vereador, Bom Dia Bauru, Unesp, TV Prevê.

Diz o relatório que se alguém quiser estragar o, curto, dia do prefeito é só citar um desses nomes elencados acima.

O relatório só não esclarece se quando ele sonha com o Izzo, dorme mais tranqüilo.

As investigações continuam...

Não faço acusações, só comento aquilo que leio na imprensa, que leio na mídia eletrônica e que ouço nos bares que freqüento, que aliás são os mesmos que a camarilha que está no poder freqüenta, portanto não falo novidade nenhuma.

Mas há sempre uma novidade no ar, em geral ruim. Essa turminha é pródiga em criar fatos negativos, embora se esmerem em tentar criar factóides positivos. É uma besteira atrás da outra, quando não é um escândalo atrás do outro.

Agora deram para investigar. Se fossem realmente bons nisso, já teriam esclarecido o fogo da kombi, as notas da Sear, os pagamentos ao Atalho, o escândalo da fita ou do vídeo, o apodrecimento da carne, as medições do transporte escolar, e por aí vai. Se fossem bons nesse assunto já teriam limpado seu quintal, sua calçada e sua vitrine.

Mas não, nem bem sabem como investigar e já querem sair por aí ameaçando e fazendo pressão para descobrir sabem o que? Quem é esse que escreve esse despretensioso blog.

Não sei a que pretexto, mas sei que agora o grande problema dos assessores do prefeito abúlico é me localizar. Talvez pensem em entregar a ele minha cabeça numa bandeja, isso quando ele estiver acordado, ou seja, perto da hora do almoço. Só vão estragar o apetite do pobre sofredor.

O que fiz eu para causar tanto interesse à camarilha? Ajudei na campanha? Não, isso nem conta mais, graças a Deus. Escrevo o blog, é isso que causa tanto interesse aos vassalos do dorminhoco.

Não sei se estão interessados em saber quantas pessoas lêem o que escrevo, de quais cidades o blog é acessado, quantos leitores fiéis o blog tem. Tenho tudo isso documentado, mas acho que não é de interesse público.

Talvez queiram saber da correspondência que o blog recebe, das dezenas de denúncias que chegam por email e cuja publicação é solicitada. Pode ser mesmo que se interessem por isso, é realmente interessante, para os mais curiosos isso deve causar comichões, mas não posso divulgar essas coisas por não querer fazer com que as denúncias mais sérias, que estão sendo averiguadas pelos vereadores, sumam num mar de fofocas que não têm base de comprovação.

O blog não divulga denúncias, quanto mais infundadas. Divulga sim o diz que diz, ou o diz que diz que, divulga e reverbera aquilo que já está na imprensa, aquilo que já se tornou de domínio público. Divulga também o que é ouvido das "vozes roucas das ruas", aquilo que toma forma até de verdade, embora muitas vezes não passe de uma construção mitológica que vem tomando corpo e forma pela intensidade em que é dito e comentado.

São as coisas que se ouvem nos bares, e os investigadores sabem do que falo, disso eles sabem muito bem. Das coisas que ouvimos nas filas dos supermercados, até mesmo nos dos cunhados do homem forte da camarilha, o Beiçola. Nas filas dos postos de saúde, nos pontos de ônibus, nas portas das escolas, nos postos de combustível, nas padarias, nos açougues, nas pizzarias, no comércio do centro, na Batista.

São coisas que ouvimos por aí e que todos sabem que são ditas e pensadas pelos sofridos, por aqueles que a prefeitura deserdou, embora sejam tão contribuintes quanto aqueles que são privilegiados pela política(?) elitista que a camarilha impôs aqui em Bauru.

Fala-se, por exemplo, que quem manda é a dupla da zaga, o Beiçola e o homem de nome plural. Diz-se, abertamente, que o prefeito faz o que pode para criar uma situação onde possa eleger o Beiçola como seu sucessor. É de se duvidar? Não, claro que não! Ele já não inventou o Izzo? Ele já não nos deu esse presente de grego uma vez?

Diz-se também que o prefeito dorme em serviço. Aí existem três elementos que fazem com que essa crença viaje pelos ventos. Não falo de três maus elementos! Falo de humor!

São o humor popular, a vingança que o povo exercita através do estigma que impõe aos que considera traidores; o humor das elites, o pisoteamento que os bem nascidos fazem questão de exercer sobre aqueles que consideram seus subordinados, seus comprados, e é assim que nosso prefeito é considerado por eles; e o humor da piada pronta e fácil, daquela que não se deixa de fazer nem sob o risco de perder um amigo. Quem é que não ri quando se diz que o prefeito é dorminhoco? Quem é que não ri quando se comenta que ele tira uma soneca depois do almoço?

Mas não é só através do humor que se faz a crítica, não podemos rir de tudo, até por que há coisas muito graves ocorrendo e não podemos deixar que virem somente piada e chacota.

Há, por exemplo, o já citado pagamento ao Atalho, por reportagens favoráveis ao Beiçola. Até agora não vimos nenhuma resposta firme por parte de quem as deve. Ouvimos sim que o Beiçola disse ter lido a matéria antes, mas que não pagou nada por isso. Não é de se estranhar? Imaginem só se todo mundo quisesse ler as matérias antes de sua publicação, seria possível? Eu mesmo nunca soube disso, me causa surpresa que alguém tenha esse privilégio; em troca de que?

Mas não é só isso; quem foi, dos envolvidos, que esclareceu a coleta de dinheiro, dois milhões!, para o tal carnaval? Quem esclareceu como foram escolhidos os "coletores"? Quem explicou como e por que o secretário da cultura escolheu a Pró Cultura para elaborar o projeto? Quanto custou isso? Não temos em Bauru gente que poderia ter feito igual ou melhor? E como se explica que o secretário da cultura escolheu como "parceiros" pessoas que têm passivo, uma delas recém demitida do estado a bem do serviço público? São parceiros ou comparsas?

E há muito mais coisas, muitas coisas mesmo. É só ler o blog de fio a pavio e acompanhar as interrogações. Se os tais investigadores fizerem isso, fora do horário de serviço, saberão como alertar ao prefeito de que as coisas vão bem mal, muito mais do que parece.

Investigar é exatamente isso: interrogar e acompanhar as interrogações, é isso que faço no blog, é isso que os blogueiros, daqui de Bauru e do mundo, fazem. É uma nova forma de se exercer o direito ao saber, ao direito de conhecer aquilo que é feito com o nosso dinheiro pelo nosso empregado mais bem pago que é o prefeito.

É saber se é verdade, e se ele sabe que comentam, que ele dorme no horário de serviço.

12 de fev. de 2007

Não passará!

Como disse uma vez Millôr Fernandes, sobre o então prefeito do Rio de Janeiro, Saturnino Braga, nosso prefeito desmoralizou a honestidade. Se bem que Saturnino sempre foi um homem sério e honesto, o mesmo não sei se podemos dizer no caso do nosso.

Mas que desmoralizou, desmoralizou, pois muitos dos que estavam e estão com ele são sérios e honestos, e ele preferiu governar com uma cúpula de alpinistas políticos e sociais, arrivistas, de caráteres duvidosos.

Desmoralizou a honestidade, a seriedade, a competência, a história política de toda uma geração de políticos bauruenses, forjados nas lutas pela democracia e portadores de históricos compromissos com as causas da justiça social e da democracia como valor universal.

Mas não foi a primeira vez que nosso prefeito fez isso, já o fez em seu outro mandato, quando usou de todos os artifícios, alguns condenáveis, para eleger Izzo Filho, cujas passagens na prefeitura todos conhecemos muito bem.

Pois é, nosso prefeito, já daquela vez, optou pelo pragmatismo oportunista, abandonou os princípios que norteavam o grupo que lhe dera sustentação, abandonou os companheiros e enfiou Bauru nessa aventura na qual perdemos tanto, fomos roubados tanto que até podemos dizer que Bauru teve todo esse período de lá para cá perdido, surrupiado, como resultado dessas atitudes levianas que foram a escolha de seu candidato a sucessor e a campanha para elegê-lo.

Parece mesmo que nosso prefeito sempre assim agiu, suas traições estão se tornando tradição, e para falar de um início, uma data, só como referência, podemos lembrar de que, quando assumiu um mandato herdado de um homem cuja história mudou a história política de Bauru, nosso prefeito gradativamente afastou-se daqueles que eram seguidores da mesma tradição e acercou-se de outros, dos quais, por outros motivos, acabou se afastando também.

Podemos nos lembrar que ele se afastou da família Gasparini, abandonou mesmo a família e os colocou à margem das decisões no mandato que herdara do pai e marido deles. Chegou mesmo a expulsar de perto de si o Edison Gasparini Júnior, o que, por si só, demonstra do que foi capaz para tentar se afirmar como liderança que não podia conviver com qualquer outro que lhe ofuscasse um pouco do brilho que supunha ter.

Hoje, por força de alianças para retornar à prefeitura, tem Gasparini Júnior a seu lado, e novamente o trai, pois o faz cúmplice desse seu governo pífio, indecente, imoral e irresponsável, exatamente o oposto desse rapaz que tão bem soube honrar a tradição da honestidade intelectual e política de seu glorioso pai.

Nosso prefeito continua nessa sua escalada de traições; só para lembrar mais uma, citamos o seu ex-secretário de Saúde, o saudoso David Capistrano Filho, que chegou a prefeito de Santos, e que não teve dele nenhum tipo de apoio e respeito, coisa que um sem número de amigos e companheiros sempre manifestaram, só ele não, nosso prefeito que se confunde e traduz tradição como traição. Capistrano poderia ter sido nosso prefeito no lugar do Izzo, só isso.

Não vamos perder tempo para provar o comprovado. Vamos pensar no daqui para diante, como temos que encarar a natureza de ser traidor, essa faceta dominante do caráter de nosso atual prefeito.

Eu, de minha parte, já decidi. Sou contra sua reeleição e contra o candidato que ajuda a construir, o cunhado de confiança; só não digo que não votarei jamais em algum candidato que ele, o prefeito, apóie, pois pode ser que, de última hora, para salvar seu nome, ele venha a apoiar alguém que preste, como seria o caso do Gasparini Júnior, do Rodrigo Agostinho, ou do Marcelo Borges.

É pouco provável que ele apóie um destes, ou outro que surja e que tenha história e princípios, que tenha compromissos com as causas sociais e populares, que saiba o que é democracia, e que saiba defendê-la.

Não, com certeza não será um desses que o prefeito apoiará, até por que não adianta mais querer fingir, ele não faz parte, ele não é assim, não é, e nunca foi, um daqueles em quem podemos confiar; é exatamente o oposto disso.

Nosso prefeito é, e cada vez isso fica mais claro, arrivista, oportunista, presunçoso, prepotente, despreparado e covarde, conforme já alertavam os mais velhos quando ele lutava para ser mantido vice na chapa do Gasparini doente.

Agora ele vem com outra estratégia: deu para chorar em público. Teatro puro! Ele quer despertar a piedade de todos, sabe que é essa sua única chance de estender o prazo que resta para o massacre que sofrerá. Dizem que ele foi treinado, foi preparado para fingir e enganar, foi preparado para trair sem o menor pudor; e agora vem com esse chorinho! Só engana a quem acreditar em papai noel.

Ele e sua equipe estão promovendo um desmanche em Bauru, estão promovendo uma série de desmandos e estão alinhavando uma série de outros. Quem é que não se lembra de que o Izzo só se envolvia em coisas esquisitas, sem explicação, mas que davam dinheiro?

Estamos em uma situação idêntica, só se fala em coisa que movimentam altos recursos, só coisas que dão dinheiro, podemos observar: terceirização da coleta de lixo, transporte escolar, tarifa de transporte coletivo, arrecadação para o carnaval, terceirização da merenda escolar, venda do terreno do aeroporto, é só coisa grande, ao mesmo tempo em que sabemos que não há nenhum controle sobre as "despesas miúdas". Parece aquele lema "viva e deixe viver" aparentemente transformado em "roube e deixe roubar". Será que nosso prefeito não sabe disso?

Ao mesmo tempo surgem outras denúncias igualmente graves: Marquise, gravações, Atalho, amigos do presidente do DAE, pagamentos da Sear, pagamentos na Cultura, carne apodrecendo, pagamento de transporte escolar nas férias...

É isso que esse prefeito nos trouxe: acabou por desmoralizar a moralidade e a honestidade, pois nem todos os que estão com ele são iguais, mas se confundem no lamaçal. Há gente honrada e séria, mas que se desgasta nadando no lodo.

Enquanto isso os novos amigos do prefeito, o cunhado de confiança e o homem de nome plural, e outros quetais, arrivistas e alpinistas políticos, pontificam e dirigem os destinos de Bauru.

É assim que ele nos paga! É assim que ele paga o mandato que lhe demos, como pagou o mandato que herdou: tenta enfiar um sucessor de seu exclusivo interesse, uma incógnita. Uma vez já conseguiu, e deu no que deu. Dessa vez não conseguirá. Não passará!