3 de fev. de 2007

Cunhado também é cultura

Dizem que o cunhado de confiança, o Beiçola, vai ajudar a patrocinar a vinda a Bauru do mundialmente conhecido cantor brasileiro Serguei, ídolo e patrono da turma da Nações.

Não se sabe se o Beiçola vai dar do seu, do dos amigos ou do DAE mesmo e nem com quanto vai entrar, mas o fato é que a turma da Nações está em polvorosa e, agradecida, já promete seus votos para o Boca Mole, agora em sua versão agitador cultural.



Serguei, para quem não sabe, é aquele que diz ter tido um caso com a Janis Joplin quando esta veio ao Rio de Janeiro e estava totalmente bêbada. Como la Joplin não está mais aí para confirmar ou desmentir, temos que aceitar a versão do brasileiro.

Pois ele que nos perdoe, a Janis era uma ótima cantora, mas nós aqui preferimos continuar sendo admiradores (bem mais que isso) de nossa musa Sharon Stone e não podemos relatar o ocorrido entre nós quando da vinda dela a Bauru, até porque a modéstia nos impede.



Agora, ter pego a Janis não é nada; Serguei insinua também mais que uma intensa amizade com Mick Jagger, muito anterior até ao nascimento da Luciana Gimenez, e é isso que o faz tão admirado pela turma da Nações, pois é aí que mora a diferença. A semelhança, que é pegar mulher feia e bêbada, parece que não é novidade para eles.

Circula ainda que o cunhado de confiança tem dito que esse seu interesse pelo cantor não tem nada a ver com o fato de serem parecidos. Verdadeiro sósia de boca de Serguei, o cunhado de confiança teria afirmado que seu apelido Beiçola vem desde a infância, quando nem de rock ele gostava.

2 de fev. de 2007

A Grande Família

Estreou nos cinemas do Brasil a comédia A Grande Família, isso só não é novidade em Bauru, onde há muito tempo as coisas da política são tratadas e resolvidas como se fossem assunto de família (ou "di famiglia").

A Grande Família tem entre seus personagens o Beiçola, um esquisitão que se destaca pela boca mole e por ser desastrado.

Essa é a semelhança com Bauru, nós aqui também temos o nosso Beiçola, o cunhado de confiança, agregado de "la grande famiglia", boca mole e puxa dos poderosos chefões.

O Beiçola daqui só não é tão divertido como o do filme, ou do seriado, embora seja risível. E além de tudo é real, não somente um personagem de ficção, e isso é que é o pior e pode nos fazer chorar.

Nosso Beiçola é dado a arroubos de político, e até já foi longe demais em sua insignificante carreira de dirigente público.

Mas ele quer mais, quer ser prefeito da Cidade Sem Limites; isso já seria passarmos de qualquer limite...

1 de fev. de 2007

Retomando o assunto

A pedido de um leitor anônimo vou abordar novamente o tema do Beiçola.

Como sabemos que ele um dia ele será candidato mesmo, já mandei até confeccionar material para ajudá-lo na campanha.

Como será um candidato apoiado pelo atual prefeito, o abúlico, será um candidato furta-cor, clique na imagem e veja:


31 de jan. de 2007

Para onde que eu vou?

O grande dilema do
ex prefeito Izzo Filho


PPS, PMDB ou PDT?

29 de jan. de 2007

Babando e andando

Babando e andando

Tarcísio Matos
02/12/2006 15:35


Babar ao dormir até que nem. Mas acordado, e daquele tanto e com tamanha freqüência, só mesmo Ciço Babão! Ciço é "baborrágico". Não consegue dar um stop na mucosidade que escorre da boca - na dor e na alegria.

Já vi aguaceiro descer pela boca daquele macho, caindo do beiço mole aos borbotões, ao ouvir propaganda gratuita do TRE. Ciço enche bacia, na dormida da noite, e o mundo todo pensa que é uma usina.

Interou 29 anos e não justifica mais a mãe, Deodata, acreditar que a indomável babação filial é do nascimento de dentes. O bichim não teria coordenação pra deglutir a quantidade de saliva produzida.

Acontece que mãe é outra alegria, e Ciço não baba, saliva. Salivação excessiva. Seria causa o desenvolvimento neurológico e bucal de Cicinho?

- Do que sei, ele tacava o dedo na boca sempre que via alma, quando bruguelo. Isso deve ter ficado aqui lá nele - justifica a genitora.

E aí ele baba no banho, no sexo, na comunhão do padre, ao obrar. Baba por babar. Deodata jura que não é problema de saúde. Deve então ser de doença, pois Ciço quer cura. Caçou otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos, psicólogos...

Aftas, beliscões, fimose mal resolvida e refluxo gastroesofágico estimulariam a produção da saliva. Nada, porém, de se encontrar a causa da caudal babante. Há quem arrisque palpite maledicente: ainda hoje ele dorme na rede com a mãe.

Diante do quadro, decidiram radicalizar: Deodata trancou a boca de Ciço com dois rolos de fita gomada. Foi pela manhã isso. À noite, não tendo a baba por onde escapulir, o menino chorou lágrima viscosa na fronha...



http://www.opovo.com.br/opovo/colunas/aosvivos/652428.html

O Preguiçoso

O PREGUIÇOSO

Beiço pendente sobe a papada, papada pendente sobre o peitilho da camisa gomada, o comendador Salustiano tivera a felicidade de casar-se com uma senhora rica, viúva de dois maridos, e herdeira de três, a qual, para maior comodidade, lhe havia levado, já, dois filhos para o matrimônio. Derreado em uma cadeira de braços, nunca fizera nada, na vida. Limitava-se a comer o que lhe colocavam diante da boca, e, para vestir-se, era necessário que lhe metessem os botões na camisa, a gravata no colarinho, e lhe enfiassem, mesmo, as botinas nos pés.

Precisando de marido unicamente para lhe dar o nome, espécie de guarda-chuva com que afrontava os temporais, Dona Josefina pouco se afligia com aquele porco. Um dia, porém, irritou-se: ao lado da cadeira em que ele passava o dia, um lago de saliva sujava o tapete.

- Oh, Salustiano! - fez a moça. - Então, isso se faz? A escarradeira não estava alí?

- Estava; mas a dois metros de distância.

- Por que não chamou o criado, para aproximá-la?

- Ora... Só o trabalho de gritar!...

- Pois, olhe: eu vou mandar colocar aí, junto de você, uma campainha elétrica... Ouviu?

No dia seguinte, aparecia, realmente, o eletricista. Colocados os fios, os tímpanos, enfim, pronto o trabalho, explicou ele ao comendador, que o olhava, estúpido, com os seus olhos de suíno:

- Quando o senhor quiser chamar o criado, é só apertar aqui...

- Apertar? - fez Salustiano.

E as mãos caídas, o beiço mole:

- Não tem alguma coisa que toque, sem dar a gente o trabalho de apertar?


Fonte: Grãos de Mostarda - Contos Meùdos - Humberto de Campos (Conselheiro XX) - Livraria Editora Leite Ribeiro (Freitas Bastos, Spicer & Cia - 2º milheiro - 1925.