Pode mandar fazer o terno da posse
Todas as projeções indicam um vigoroso crescimento de Rodrigo e uma acentuada queda de Beicinho.
Estatísticos avaliam que Rodrigo deve abrir
quase vinte pontos de diferença sobre Beicinho!
Passei o dia em São Carlos, num churrasco.
Lá encontrei vários amigos, muitos deles que não via há quase dez anos. Entre eles alguns estatísticos. Aí foi melhor que beber!
Eu tinha em meu pendrive alguns dados das pesquisas eleitorais de Bauru, e eles fizeram várias considerações e inferências muito interessantes, que me deram ainda maior certeza da vitória de Rodrigo no próximo domingo.
De lá mesmo, por um voip fone, usando a lista eletrônica da Telefonica, um deles fez quase duzentas ligações. Ele tem uma empresa que só faz isso, pesquisas por telefone.
Passou o churrasco quase todo ligando, mais ou menos das onze às três da tarde. Depois tabulou os dados numa planilha excel e me deu sua opinão final: se continuarem no mesmo rítmo, Rodrigo chega ao redor dos 60%, entre 59 e 61, Beicinho permanece entre 39 e 41%, isso já descontados os nulos e brancos.
Lá pelas tantas chegou a notícia de que tinha saído outra pesquisa na internet, corremos todos para ver.
Este meu amigo fez alguns cálculos e afirmou que os resultados são idênticos aos do Ibope e partiu para uma demonstração, comparando as pesquisas e os resultados do primeiro turno, só os números do Beicinho e do Rodrigo.
O resultado é esse gráfico acima, que mostra várias coisas.
A primeira delas é a violenta queda proporcional de Beicinho. Seus resultados, nas pesquisas e nas urnas, comparados aos do Rodrigo, demonstram algum grave problema que sua equipe não deve ter percebido.
Ele, cujas intenções de voto chegaram a ser mais que duas vezes e meia as do Rodrigo, hoje tem menos que 80% das mesmas, caminhando para ter pouco mais que a metade, numa relação que quase se inverteu totalmente.
Segundo meu amigo, isto talvez se dê por alguma rejeição muito particular e específica que não teria sido percebida pela campanha de Beicinho e que vem levando sua situação de inicialmente quase vencedor à de virtual derrotado, por uma estagnação e queda, inicialmente quase sutil, mas permanente, que perpassa todo o período da campanha, e vem crescendo sem nenhuma alteração significativa nessa tendência.
Isso ocorre muitas vezes quando campanhas muito ricas, de muito visual, que se iniciam muito cedo e com muita força, quase massacrando os demais concorrentes, não percebem o crescimento gradativo dos adversários, por não fazerem análises corretas dos dados das pesquisas de opinião.
É o que parece que ocorreu aqui, inicialmente o eleitorado só via Beicinho, os demais quase nem apareciam, mas foram crescendo aos poucos, enquanto Beicinho passava a sofrer o resultado perverso da super exposição: não representava mais novidade nenhuma, era tão comentado e tão massacrantemente exposto, que até suas características mais negativas passaram a ser conhecidas por todos.
Quando uma campanha muito forte deixa de perceber essas pequenas coisas, quando não percebe, ou não dá muito valor, para uma pequena queda, posto que sua vantagem continua grande, pode acontecer isso que aconteceu, de um momento para outro a queda se transformar em vertiginosa, a pequena depressão pode virar um precipício, e a campanha não estar estruturada para esse tipo de baque.
Há ainda um fator mais importante: o candidato que cresceu, o Rodrigo, cresceu com consistência, cresceu para sempre, sem chance de ser derrubado, até por que nem tempo há para isso, posto que o segundo turno tem somente 20 dias e mais da metade deles já haviam passado quando os da equipe do Beicinho foram dar conta do buraco em que se meteram.
É como um avião grande que vai superando as turbulências e entra direto numa tempestade, enquanto um menor desvia dela. Quem já não esteve num vôo em que as cadeiras quase despregavam do chão? Pois é, no caso do Beicinho e do Beiçola, as cadeiras despregaram de verdade, e para sempre!
Acho que é a isso que Beicinho se referia, talvez sem saber, quando disse que Rodrigo é profissional da política. Na verdade é o contrário, Beicinho é que é amador. Contratou uma super equipe, contratou marqueteiros, contratou pesquisas, contratou até "militantes", mas decolou sem verificar as condições metereológicas, arremeteu direto para o olho do furacão.
Rodrigo teve a paciência de fazer uma campanha toda, do começo ao fim, sem correr muito, sem tropeçar e sem perder o fôlego, é isso que é ser "profisisonal"? E fez uma campanha barata, modesta, mas criativa, conseguiu agrupar pessoas que pensam, e não teve que pagar nada por isso.
Os que pensam pagos, muitas vezes pensam o que o patrão quer, muitas vezes são pagos só para concordar. Os que pensam mesmo, pensam por prazer, pensam por idéias, por projetos, pensam na transformação, e a campanha é já uma parte dessa almejada transformação.
Beicinho descobriu agora que havia algo superior em Rodrigo e que não conseguia entender, preferiu logo tascar uma depreciação.
Se tivesse tido paciência e inteligência teria aprendido que a diferença não é a que imaginou, de um profissinal para um amador, mas sim de alguém que faz política por vocação, com seriedade e dedicação, enquanto ele, Beicinho, faz por presunção, por capricho e por teimosia, e faz com um primarismo de dar dó!
Se fosse mesmo o homem preparado que diz que é, teria previsto essas coisas, teria se preparado para os momentos difíceis, que Rodrigo enfrentou com garra e coragem.
Mas não, Beicinho é preguiçoso, não gosta de ler nem de estudar, trabalhar então, nem pensar. E por falar em pensar, dá para perceber que nem de pensar Beicinho gosta muito. Por isso faz tudo tão às pressas, por isso faz tudo tão mal acabado.
Ao invés de se planejar para uma maratona, que é uma campanha, saiu correndo desabaladamente e quase bateu o recorde dos cem metros rasos, só que não valeu nada, estava na prova errada!
Bem feito! Foi comemorar antes da hora, perdeu, a ainda ganhou um apelido que meus amigos de São Carlos deram: Beicinho EP. O P eu sei que é de Precoce, o E já nem lembro mais, faz tanto tempo! Já não associo mais o nome à pessoa...
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